Na tradução, o movimento “Comida Feia” se posiciona contra a preocupação exagerada com a beleza dos alimentos. Mais que resolver o incômodo com a estética em si, ele busca ser solução para um problema maior e mais sério: o desperdício.
Antes de falar sobre esse ponto, é importante termos em mente que cerca de 10% de todos os legumes e frutas que são produzidos nascem fora dos padrões estéticos. E isso nada tem relação com o uso ou não de agrotóxicos.
Mas é devido às imperfeições estéticas desses alimentos – sejam elas relacionadas ao tamanho, formato ou cor –, que muitas pessoas e estabelecimentos os desperdiçam por não atenderem os “padrões” considerados ideais.
Comidas Feias ao redor do mundo
O movimento Ugly Food começou fora do país e teve forte apoio de artistas e meios de comunicação engajados na ideia de que a escolha dos alimentos não deve ser influenciada pela aparência, mas sim por sua qualidade e sabor.
Na França, uma rede de supermercados lançou uma campanha com o criativo nome “Inglorious Fruits & Vegetables” (Frutas e Vegetais Inglórios). Quem aderisse, tinha a oportunidade de levar para casa alimentos aparentemente deformados, por um valor 30% mais baixo!
Aqui no Brasil também surgiram várias iniciativas bem legais. Em 2019 na cidade de São Paulo, por exemplo, foi possível comprar uma caixa com três quilos de frutas, verduras e legumes feios por R$26 e ainda recebê-los em casa! Tem coisa melhor que essa?
A Lejon, inclusive, não poderia ficar de fora! Aqui nós selecionamos um dia específico e montamos um kit com essas frutas e vegetais “machucadinhos”, nosso jeito carinhoso de chamar as Ugly Foods, por um preço bem mais em conta. Quer saber quando será o próximo? Acompanhe nosso Instagram e Facebook.
Projeto de Lei 6299/02
Mesmo que a pequenos passos, a cada dia avançamos para o acesso a alimentos menos prejudiciais à saúde e, consequentemente, mais saudáveis. O Projeto de Lei 6299/02, no legislativo brasileiro já desde 2002, tem por objetivo a alteração de artigos da Lei 7.802, de 11 de julho de 1989, que regulamenta, basicamente, tudo o que está relacionado aos agrotóxicos.
Com a aprovação, os produtos terão a possibilidade de chegar ao supermercado de modo mais rápido e sem desconsiderar os impactos no meio ambiente e na sociedade. Isso tudo devido às análises técnicas emitidas pelo Ministério da Agricultura, Anvisa e Ibama.
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